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Bolsonaro diz que ataque dos EUA 'afetará' preço de combustíveis no Brasil.


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o ataque dos EUA a um comboio de militares do Irã e do Iraque que resultou na morte do general iraniano Qasem Soleimani e do chefe da milícia iraquiana, Abu Mehdi Al Muhandis, afetará o preço do petróleo no mercado internacional, o que pode repercutir no Brasil.

Na saída do Palácio da Alvorada, hoje, em Brasília, Bolsonaro comentou que tentou falar com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a possível alta de combustíveis, mas não conseguiu. "Que vai afetar, vai", disse ele a jornalistas.

Questionado se o governo trabalha com alguma medida para conter uma possível alta dos combustíveis, o presidente afirmou: "Que vai impactar vai, mas tem que ver nosso limite aqui. Porque já tá alto o combustível, se subir complica. Agora, o que queria que vocês fizessem é mostrar pro povo duas coisas. A primeira é que eu não posso tabelar nada. Pediram pra eu tabelar a carne, eu até fiz uma brincadeira, vamos tabelar a carne, a cerveja e o camarão. Já fizemos essa política no passado, não deu certo".

O dólar comercial opera hoje em alta e o petróleo disparava após o agravamento das tensões geopolíticas no Oriente Médio. Por volta das 9h35, a moeda norte-americana avançava 0,84%, a R$ 4,06 na venda. O petróleo Brent, referência no mercado internacional, subia 4,26%, a US$ 71,17 por barril. O petróleo dos Estados Unidos também tinha alta de 4,28%, a US$ 63,80 por barril.

Bolsonaro disse ainda que o ICMS afeta o preço do combustível e questionou o monopólio na distribuição. "A questão do combustível, nós temos que quebrar o monopólio, a distribuição é ainda o que mais pesa no preço do combustível, depois o ICMS, que é um imposto estadual, não é meu. Vamos supor que aumente o combustível, os governadores vão vibrar, porque o ICMS é o mesmo percentual em cima de uma base maior, vão ganhar mais", disse o presidente.

Sobre a ação autorizada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, aliado do governo brasileiro, Bolsonaro falou brevemente. "Tive algumas informações durante a madrugada e vou me reunir como general Heleno para me inteirar melhor sobre o que aconteceu.".
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