Cerca 20 mil potiguares já devem ter se infectado com o novo coronavírus, aponta uma estimativa divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Imperial College de Londres, uma das principais instituições de pesquisa da Inglaterra.
A estimativa do instituto de pesquisa, que abrange os 16 Estados brasileiros com o maior registro de casos da doença até o momento, é de que 4,2 milhões de pessoas estejam contaminadas em todo o Brasil.
Ainda de acordo com o estudo, o Rio Grande do Norte tem 0,56% da população contaminada. A margem de confiabilidade da pesquisa é de 95%. Desta forma, o número de potiguares infectados pode estar entre 14,7 mil e 23,7 mil.
A porcentagem de infectados é a sexta menor do país, ficando atrás do Rio Grande do Sul (0,42%), Bahia (0,4%), Paraná (0,25%), Santa Catarina (0,23%) e Minas Gerais (0,13%).
O Estado do Amazonas está no topo da tabela do Imperial College. A estimativa é de que 10,6% da população amazonense já teve contato com o vírus, o que representa 448 mil pessoas.
A pesquisa do instituto inglês mostra preocupação com a taxa de reprodução do contágio. Os dados apontam que a pandemia continua em aumento exponencial em todos os 16 Estados brasileiros analisados. Segundo os autores, o número de reprodução do Rio Grande do Norte é de 1,18. O número mais alto é observado no Pará, de 1,90.
O Imperial College alerta que a taxa está acima de 1 em todos esses Estados, o que indica que a epidemia ainda não está controlada. O número de reprodução – a medida da intensidade da transmissão – significa que um indivíduo infectado pode infectar três ou quatro outros em média, aponta o estudo.
O Rio Grande do Norte tem 1.821 casos confirmados de Covid-19 e 6.188 suspeitos até esta sexta-feira (8). São 662 pacientes recuperados no estado, segundo a Secretária da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP). A doença causou a morte de 82 pessoas no Estado.
O Imperial College aponta, ainda, mesmo com o atual número de casos confirmados e de mortes, que o Brasil ainda está passa por uma fase incipiente da epidemia. Com isso, afirmam os pesquisadores, que os gestores têm de adotar ações para o controle da infecção. “Embora a epidemia brasileira ainda seja relativamente incipiente em escala nacional, nossos resultados sugerem que ações adicionais são necessárias para limitar a propagação e impedir a sobrecarga do sistema de saúde”, escrevem os autores.
O Imperial College é um dos institutos de pesquisa mais conceituados do mundo em modelagem matemática. A instituição, ainda em março, convenceu o primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, de que o isolamento social era a única medida possível para evitar um número catastrófico de mortes no país.
Agora RN
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