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Alvim expôs como nunca lado autoritário do governo, avaliam especialistas.


O diretor de teatro Roberto Alvim ocupou o cargo de secretário especial da Cultura do governo Bolsonaro por 72 dias. O dramaturgo deixou o governo nesta sexta-feira (17/1), após interpretar o ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels em um vídeo institucional, ao anunciar, no exercício da função, um programa do governo voltado para premiar artistas. Alvim não só usou um trecho do discurso adaptado às suas falas, como reproduziu o semblante sisudo do homem acusado de crimes contra a humanidade. Com uma Cruz de Lorena à direita, ainda usou como trilha sonora a ópera Lohengrin, de Richard Wagner, compositor favorito de Adolf Hitler.

A emulação mais evidente a Goebbels no vídeo ocorre em uma fala do ex-secretário, quando Alvim afirma que “a arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo — ou então não será nada”. No livro Joseph Goebbels: Uma biografia, do historiador alemão Peter Longerich, consta o discurso do ministro da propaganda: “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande pathos (potência emocional) e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”.

Correio Braziliense 
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